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Relato de Viagem a Buenos Aires

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A Mari (Marileide Aguirre), nossa aluna do Portal VHE, aceitou o desafio de compartilhar os detalhes da sua primeira viagem sozinha a um país de fala hispana, depois de começar a estudar espanhol com a gente! Vem conferir essa experiência incrível!

Tinha fluência na leitura do idioma espanhol, mas não falava nada… Conheci o canal VHE no YouTube: uma professora dinâmica, focada na conversação, nas situações cotidianas e com aulas curtas, objetivas e eficazes. Segui as dicas de filmes, séries e músicas. Quando me dei conta, já tinha assistido dezenas de coisas nos meus momentos livres – e não precisava mais da legenda em espanhol. Assinei o Portal VHE e me encantei: os assuntos que existiam no YouTube, eram mais aprofundados e detalhados para os assinantes. Comecei a assistir às aulas meio fora de ordem, à medida que as dúvidas surgiam. E fui aprendendo mais.

Estava estudando com o VHE há cerca de um ano, quando decidi que estava na hora de colocar o que tinha aprendido à prova. Comprei passagens para Buenos Aires e comecei a organizar a viagem sozinha. Vi muitos vídeos de viagem, como os da Roberta – De Passeio Por, que davam dicas superlegais de onde fazer compras, quais lugares visitar, como se locomover, cotidiano argentino, golpes contra turistas, etc. Pesquisei hotéis, transportes, horários de funcionamento, preços – e montei um roteiro de viagem. Tinha três objetivos principais: comer bem, tomar bons vinhos e falar espanhol.

Meus amigos me avisaram que eu não “gastaria meu espanhol” em Buenos Aires, pois os portenhos compreendem bem o português do Brasil. Fiz questão de fugir disso: conversei o tempo todo em espanhol, mesmo quando tinha dificuldades em me expressar (consegui compreender tudo perfeitamente, mas às vezes não achava a palavra que precisava falar).

No mês anterior ao passeio, revi o Guia de Viagens do Portal VHE e também contratei aulas particulares com a prof. Juliana. Ela focou nas minhas dificuldades, fazendo um trabalho bem personalizado, para que eu aproveitasse o máximo possível minha estadia na Argentina. Conversamos sobre locomoção, passeios, comidas, dinheiro, internet, “el voseo”, além de outras especificidades do sotaque argentino – muito diferentes do acento neutro das séries e filmes da Espanha. Essa preparação permitiu que eu aproveitasse muito mais o que tinha me disposto a aprender. Não tive vergonha de conversar, de pedir ajuda, de dizer que estava começando no idioma. E os portenhos me encantaram: quanta receptividade e gentileza para ensinar! Quando percebem nosso esforço em aprender, conversam, explicam, contam histórias locais…

Passei por algumas dificuldades – e elas foram ótimas, pois me obrigaram a conversar e interagir desde os primeiros minutos! Já no desembarque, desencontrei-me do Uber e tive algumas viagens canceladas, até entender que estava no lugar errado (os transportes de aplicativo não entram no aeroporto, por conflitos com os taxistas).

Ao entrar no carro, contei minha dificuldade. E o motorista viu que eu queria conversar. Foi o primeiro amigo que fiz lá. Durante nosso trajeto de quase uma hora, ele me contou muitas coisas de sua vida, sua família e dos costumes de Buenos Aires. Me deu dicas de onde não ir sozinha (Boca, por exemplo) e de onde poderia andar com tranquilidade, mesmo à noite. Foi ele quem me disse que, em pouco tempo, haveria um “paro general”. Eu não sabia o que era e ele me explicou: uma paralisação nacional, em razão da crise econômica que o país atravessa. Por isso, no dia seguinte, muitos lugares não abririam, não haveria transporte público e as ruas estariam tomadas por manifestações. Ou seja, eu precisaria rever meu planejamento. Decidi sair e conversar com as pessoas que estavam nas ruas. Assisti aos noticiários locais e fui aos poucos lugares que encontrei abertos.

Comi, fiz compras, fui aos centros de informações para perguntar qualquer coisa – o objetivo era conversar. Quando retornei ao hotel, vi que as compras estavam erradas – a vendedora havia trocado os meus produtos. Legal demais: tive que voltar à loja e explicar isso, obrigando-me a contar a história.

Comprei o cartão do metrô e fiz algumas viagens – sempre fazendo muitas perguntas a todos que apareciam no meu caminho, rsrsrs! Também usei Uber e táxi, além de muitos passeios a pé: a cidade é linda, plana e segura.

Fiz reservas em restaurantes, comprei ingressos para exposições, visitas guiadas e outros programas culturais – tudo em espanhol. A Juliana me deu a dica de levar um bloquinho para a rua e anotar tudo que fosse diferente – ou tirar fotos. E assim eu fiz. Isso foi muito valioso, porque parei de tentar “traduzir” o português para o espanhol, e comecei a ver o vocabulário deles para aquelas situações.

No final da viagem, louca com os doces de leite e vinhos locais, tive problemas com o excesso de bagagem. No check in, tentaram me cobrar uma tarifa que eu não concordava – e tive que discutir o assunto, pois já tinha verificado os valores antecipadamente. Tudo em espanhol – que orgulho!

Voltei animadíssima a melhorar minha fala, estudar mais e planejar a próxima viagem! Recomendo muito que, quem está estudando, viaje sozinho, sem pacotes de turismo, para viver essas experiências cotidianas e se obrigar a resolver questões em outro idioma.

Faça como a Mari e seja nosso aluno no Portal VHE www.vamosahablarespanol.com.br/portalvhe

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Marileide Aguirre

Aluna Portal VHE

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