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VHE no Chile | Diário de Aprendizajes | Dia 3

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Terceiro dia com visita guiada agendada na Vinícola Santa Carolina, uma vinícola pouco visitada pelos turistas, pois a maioria das divulgações de tours nos levam para a Vinícola Concha y Toro e outras maiores. Optamos por visitar essa vinícola pois, além das ótimas avaliações dos visitantes, é possível ir até o local de metrô, o que nos facilitou muito o deslocamento e o bolso!rs

Nossa visita estava agendada para as 10h. Saímos um pouco mais cedo para tentar achar uma casa de cambio aberta, pois a maioria das lojas aqui abrem entre 9h30 e 10h. Encontramos uma! E de fato não havia praticamente nada aberto ao redor. Trocamos o dinheiro e nos dirigimos ao metrô. Já era 9h15. Ufa! Vamos pagar a tarifa mais baixa (a passagem aumenta nos horários de pico). Metrô cheio, mas “entrável”. “Aviso del cierre de puertas”, diz a voz antes de seguir para a próxima estação.

Linhas compridas, metrô rápido. Inciam-se os aprendizados de termos no transporte público: “vias de evacuación”, para portas de emergência, “andén”, para plataforma, “combinación”,para baldeação/transferência e “abordar el tren”, para entrar no trem. Ritmo de São Paulo! Muita gente andando, vida seguindo. Chegamos na nossa estação. Precisamos descer na direção do museu, vamos ver as placas. Só tem uma saída. Vamos perguntar:

– Hola, ¿dónde queda la calle del Museo?

– Vire a la izquierda y después a la derecha.

Eu normalmente diria o verbo “girar”, ao invés de “virar”. Anotado. Mais um verbo para uso!

Seguimos. Andamos algumas quadras e o redor havia muitas empresas. Uma vinícola aqui? Estranho. Chegamos.

– Hola, venimos a una visita guiada.

– ¿A las 10h?

– Sí.

(dessa vez chegamos no horário)

– ¿Pueden dar una vueltacita y adentrar por aquella puerta?

(olha o diminutivo denovo!rs)

– Sí, claro

Acompanhamos a senhora até uma sala.

– Pueden esperar aqui que la guía vendrá a recogerlos, ¿sí?

– ¡Dale!

Sentamos e aproveitamos para tomar uma água. Chega uma moça.

– Oi gente! Tudo bem? Vocês vão fazer a visita?

– Ué, português?haha Sim, vamos!!

Uma brasileira!! E quantos brasileiros nesse país! Já encontramos vários! Turistas e moradores, parece que o brasileiro está  bem interessado nos climas andinos!rs

Que passeio! Uma casa maravilhosa, de muita história, de muitos detalhes e muito bom gosto! Um patrimônio histórico chileno, que também teve complicações nos muitos terremotos sofridos (e quantas histórias de terremotos temos ouvido aqui!).

A visita é composta da visita da casa da família da Vinícola Santa Carolina, atuais salões de eventos onde antigamente eram armazenados os vinhos em barris e cavas subterrâneas incríveis. Tudo isso regado a muita história e degustação de 3 deliciosos vinhos da casa. Finalizamos o passeio na loja da Santa Carolina onde não pudemos deixar de fazer uma pequena comprinha. Mas a vinícola ainda nos presenteou com uma garrafa pequena de vinho reserva, para participantes da visita. Saímos de lá encantados! E ainda podíamos desfrutar de todo o jardim da casa. Fomos convidados até para uma siesta, aproveitando o sol quentinho! Foi, de fato, uma ótima escolha!!

Tomamos nosso caminho de volta ao metrô e a casa. Antes, passamos no mercado. Faremos o almoço “em casa”. Vamos fazer um macarrão? Vamos. “Pasta”, pensei. Mas ao chegar as prateleiras, o nome “fideo”.

Anotado! Pensava que esse termo referia-se apenas ao spaghetti, mas aqui, para todos os tipos de macarrão. Pegamos uma “salsa” (molho), “pechuga de pollo” (peito de frango) e “parmesano” (parmesão). Vamos ao caixa e leio o aviso “Pide tu boleta”, e entendi que era a nota fiscal. Ótimo! Então um cuidado a avisar aos alunos: “boleto” é um ingresso/ticket, diferente de “boleta”, que é a nota fiscal.

No caminho de casa, mais uma palavra me chamou a atenção na rua. “Vereda”, para referir-se a calçada. Ainda que em outras comunicações já havia visto a palavra “calzada”, também. E que eu, na verdade, conhecia até então somente a palavra “acera”. Aprendido!

Almoçamos e descansamos! Andamos tanto esses dias que nos permitimos uma pequena pausa,rs. Aproveitei pra ver uns minutinhos de televisão, e aprendi mais uma palavra: “colillo”, para referir-se à bituca do cigarro. “No deje su colillo caer en piso”, dizia a propaganda algo em torno disso.

Escureceu e decidimos caminhar um pouco à noite! Entramos em algumas ruas perto de onde estamos, vimos alguns prédios, lojas, farmácias, e muitas pessoas ainda ocupando as ruas e praças. Bonito de ver! Vimos uma série de restaurante legais, novos e antigos, e até um paulistano!rs Comida de rua em vários lugares! Empanadas fritas e sopaipillas, muito comum aqui! Fiquei com vontade de comprar mas já era tarde. Preferi manter a paz com o estômago. Quem sabe outro dia mais cedo..rs. Fomos até o bairro Lastarrias, muito bonito! Ruas e comércios lindos e requintados! 

De repente, uma grata surpresa! Um grande grupo de ciclistas percorrendo Santiago com muito entusiasmo e animação! Paramos para assistir um pouco. Vi um logo: @rutacleta. Muito bacana!!

Pés pedindo descanso. Vamos voltar? Sim. No caminho, uma percepção: muitos restaurantes com o nome de “sangucheria”, ou “sánguches”. Aparentemente, todos os estabelecimentos vendiam lanches. Vamos ao dicionário, não encontro a palavra. Google? Sánguche: palavra usual no Chile, para referir-se a sanduíche.

Amo aprender termos, de fato, locais! Mais 1 para a lista!

Dia mais calmo, mas ainda cheio de aprendizados! Já constatei: vou querer voltar ao Chile outras vezes!

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Juliana Maester

Instrutora de Espanhol e criadora do Vamos a Hablar Español

www.vamosahablarespanol.com.br

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